Quando falamos em liderança, precisamos compreender que não há um único jeito de liderar. Na verdade, o que existem são diferentes formas e teorias de conduzir as pessoas rumo ao alcance de um objetivo. Uma dessas teorias é o chamado grid gerencial.

Essa teoria tem sido utilizada por empresas ao redor do mundo e traz algumas reflexões interessantes acerca da maneira como as atividades são coordenadas dentro das organizações. Neste artigo, vamos conhecer melhor essa teoria e os tipos de liderança que ela descreve. Ficou curioso? Então, continue a leitura a seguir e saiba mais!

O que é o grid gerencial?

Também chamado de grade gerencial, o conceito de grid gerencial está relacionado a um modelo de desenvolvimento de lideranças e gestão, criado e difundido pelos estudiosos Robert R. Blake e Jane S. Mouton. Segundo Blake e Mouton, o grid é definido como um conjunto de teorias sobre como os líderes utilizam a sua inteligência e as suas habilidades para trabalhar com pessoas e por intermédio delas, a fim de obter grandes resultados.

Ela nada mais é do que uma teoria que defende que toda e qualquer organização que busca eficácia e bons resultados precisa, antes de tudo, gerenciar de forma eficaz e precisa 3 pontos principais: os seus objetivos, os profissionais e a hierarquia organizacional.

Esse modelo consiste em um plano cartesiano constituído por dois eixos: o eixo X (tarefas) e o eixo Y (pessoas).

  • O eixo X (tarefas): esse eixo está associado à estrutura da organização e à importância concedida pelo líder à realização das tarefas, ao alcance de determinados resultados e à produtividade.
  • O eixo Y (pessoas): esse eixo está associado à preocupação do líder com o bem-estar dos seus liderados. Aqui, o líder se dedica à construção de um clima organizacional positivo, à resolução de conflitos, à motivação e ao desenvolvimento contínuo dos seus colaboradores. As prioridades são: relacionamento, conforto e segurança.

Assim, na primeira dimensão, o grid gerencial estuda o nível de preocupação e consideração do líder com os seus funcionários e, na segunda, ele avalia a estrutura da empresa com relação ao cumprimento das atividades organizacionais.

Quais são os diferentes tipos de liderança do grid gerencial?

PSC

Quando Blake e Mouton propuseram o grid gerencial, identificaram diferentes modelos de liderança, sendo que alguns privilegiam o eixo das pessoas, outros privilegiam o eixo das tarefas, alguns focam em ambos, outros não priorizam nenhum, e ainda há aqueles modelos bem equilibrados. Assim, 5 tipos de liderança podem ser identificados de acordo com essa teoria.

1. Liderança pobre (não foca em nenhum eixo)

Esse estilo de liderança caracterizado pela despreocupação generalizada do líder com seus subordinados e também com as atividades a serem desenvolvidas. Ou seja, trata-se da inexistência ou escassez de uma liderança eficiente. Nesse caso, há pouca ou nenhuma preocupação com ambos os eixos (tarefas e pessoas). Esse “líder” não é de fato um líder, pois não age para que as atividades sejam feitas com qualidade e não se preocupa com o bem-estar e com o desenvolvimento dos liderados.

2. Liderança Country Club (foca apenas no eixo de pessoas)

Como o próprio nome sugere, esse estilo de liderança funciona como um “clube de campo”, isto é, o líder se preocupa em proporcionar aos seus colaboradores um ambiente de trabalho onde todos se sintam motivados e felizes. Nesse sentido, muita atenção é dada as profissionais, mas pouca é dada à realização de tarefas. Esse líder tende a ser amigo de todos e um grande motivador. Contudo, não se atenta à qualidade das tarefas, à produtividade e aos resultados que estão sendo alcançados.

3. Liderança meio-termo (foca de forma mediana nos dois eixos)

A liderança de meio-termo também apresenta um nome autoexplicativo. Esse estilo de liderança mantém um equilíbrio, em que a preocupação com os subordinados é a mesma atenção que se dá à produção. É um líder de desempenho mediano nos dois eixos. Assim, ele consegue desenvolver as pessoas que lidera, mas sem transformá-las em grandes profissionais. Também monitora a qualidade das atividades, mas sem alcançar resultados muito expressivos. É aquele líder mediano, sem muitos destaques.

4. Liderança de tarefas (foca apenas no eixo das tarefas)

A liderança de tarefas é também conhecida como liderança autocrática. Nesse caso, o líder se preocupa muito com a qualidade das tarefas, com a produtividade e com os resultados que a equipe é capaz de obter. No entanto, não se importa muito com o bem-estar dos colaboradores ou em manter um clima positivo. É um modelo típico do passado, em que um chefe autoritário pressiona e só quer saber de resultados, mas não motiva nem desenvolve os seus liderados. É o oposto do country club.

5. Liderança de equipe (foca de forma abundante nos dois eixos)

A liderança de equipe, também conhecida como liderança democrática, é a forma mais eficaz e precisa de liderar, em que as atividades são realizadas de forma excepcional, dentro de um ambiente agradável e propício ao crescimento e ao desenvolvimento de todos, tanto do líder quanto dos seus liderados. Esse líder tem alta preocupação e bom desempenho nos dois eixos, tanto de pessoas como de tarefas. As organizações de alta performance devem investir nesse tipo de liderança para prosperarem. É o oposto da liderança pobre.

Interessante, não é mesmo? O grid gerencial é mais uma forma de organizar os processos de liderança e impulsionar o desempenho. Se o objetivo da sua empresa é alavancar os seus resultados de forma rápida, planejada e efetiva, conheça a formação Leader Coach Training — LCT e tenha todos os recursos para ir além. Entre em contato com o IBC e descubra como desenvolver a liderança de equipe — o tipo ideal, que foca tanto nas tarefas como nas pessoas!

E você, querida pessoa, consegue identificar os modelos de liderança do grid gerencial predominantes no seu ambiente de trabalho? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!