Empreender significa realizar ações que promovam algum tipo de transformação. Nos anos 80, o americano Bill Drayton resolveu colocar esse conceito em prática e iniciou o movimento que conhecemos hoje como empreendedorismo social, que tem como objetivo transformar e melhorar a vida da população. Diferente das Organizações Não Governamentais – ONGs, esse tipo de negócio gera lucros, mas tem foco em oferecer soluções para problemas sociais.

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A Origem do Empreendedorismo Social

Como disse anteriormente, o termo empreendedorismo social foi criado por Bill Drayton, em 1980. Na mesma época, o americano fundou a Ashoka, uma rede de apoio que atua em mais de 70 países, incluindo o Brasil, oferecendo suporte para que boas ideias de negócios sociais sejam colocadas em prática. O lema da organização diz muito sobre a sua missão e é: todos podemos ser agentes de transformação.

A primeira sede da Ashoka foi criada na Índia e daí vem o seu nome, que significa – ausência de sofrimento. Além disso, é o nome de um imperador indiano que, após uma guerra, passou a se dedicar a promover ações com foco no bem-estar da sociedade da sua época. Os dois significados dizem muito sobre o que é o empreendedorismo social e como ele deve ser praticado.

Características de um Empreendimento Social

Existem empreendimentos sociais nos mais diversos segmentos, entretanto, todos eles têm algumas características em comum, que são:

Solução Para Problemas Sociais: o principal objetivo desse tipo de empreendimento é reduzir problemas que impeçam as pessoas de determinada região de se desenvolverem. Alguns exemplos são as cooperativas de trabalho, entidades voltadas para a saúde e educação de comunidades carentes, etc.

PSC

Economia Sustentável: uma empresa social visa ser economicamente sustentável, para que os seus ganhos sejam suficientes para que ela se mantenha em funcionamento.

Visão Além do Lucro: a ideia central não é lucrar, mas sim trazer benefícios para as pessoas envolvidas. Quando há lucro, ele costuma ser empregado em melhorias para o negócio.

Consciência Ambiental: mesmo que a atividade fim das empresas sociais não tenha relação direta com o meio ambiente, existe a consciência de preservá-lo.

Funcionários: contribuem com a causa e têm a oportunidade de trabalhar em um ambiente de desenvolvimento para si e os demais.

A Visão Além do Lucro

Os empreendimentos sociais são empresas com fins lucrativos, mas que não têm isso como principal meta ganhar dinheiro. Além disso, elas não dependem de investimentos do governo para funcionar, o que as diferencia das chamadas organizações sociais. A principal diferença que uma empresa social tem em relação às tradicionais é que ela faz uso da criatividade e inovação não apenas para se destacar no mercado, mas também para promover a mudança em uma parte da sociedade, proporcionando-lhe melhorias.

Em se tratando de semelhanças, são negócios que também passam por desafios e que precisam manter o setor financeiro em ordem, principalmente porque a intenção é que o empreendimento seja sustentável. Existe a busca pelo lucro porque ele é importante para que a ideia se desenvolva e possa impactar e beneficiar mais pessoas, mas a visão está além dele.

Os investidores que decidem abraçar a ideia de uma empresa social devem estar cientes de que, após o negócio prosperar, poderão apenas recuperar a quantia investida, sem lucro. Afinal, a ideia não é utilizar o empreendimento para enriquecer, mas sim para promover uma transformação social.

O Empreendedorismo Social no Brasil

No Brasil, temos bons exemplos de empreendedores sociais, empreendedores que resolveram fazer uso do seu conhecimento sobre gestão para melhorar a vida das pessoas de um bairro, cidade, região ou, até, de todo o país. São seres realmente iluminados e que têm a transformação e a inovação como missão. Confira alguns exemplos de negócios que atuam em diferentes segmentos:

GRAACC – Antônio Sergio Petrilli

Lema: Combatendo e vencendo o câncer infantil.

Médico especializado em oncologia pediátrica, Petrilli transformou seu inconformismo com a falta de tratamentos para o câncer voltado para as crianças no Brasil em ação. Após vender alguns bens para custear uma especialização nos Estados Unidos, ele voltou ao país e mobilizou diversos colegas de profissão para, em 1991, iniciar a construção do GRAACC – Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer. Hoje, o hospital é referência em tratamento do câncer infantil e oferece atendimento gratuito.

Geekie – Cláudio Sassaki e Eduardo Bontempo

Lema: Aprendizagem para todos.

Os empreendedores Cláudio Sassaki e Eduardo Bontempo resolveram utilizar a tecnologia como ferramenta para facilitar a aprendizagem de alunos com dificuldades. Assim nasceu a Geekie, uma plataforma que oferece o ensino de forma personalizada, de acordo com as características de cada criança. Dessa forma, o potencial de cada um é muito mais aproveitado, pois as individualidades são respeitadas. A ideia foi uma das que receberam o Prêmio Folha de Empreendedores Sociais, em 2013, e o WISE Awards da Fundação Qatar, na China, em 2016.

Gerando Falcões – Eduardo Lyra

Lema: Menos muros e mais pontes.

Eduardo cresceu na periferia e sentiu na pele as dificuldades causadas pela desigualdade social. Daí nasceu uma vontade de transformar a vida daqueles que estavam crescendo na mesma realidade que ele. Hoje, o Gerando Falcões já conseguiu mudar a vida de mais de 30 mil jovens da região da Grande São Paulo, com projetos voltados para o esporte, cultura, qualificação profissional e, inclusive, ressocialização de ex-presidiários e recolocação no mercado de trabalho através de parcerias firmadas com empresas.

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Instituto Banco Palmas – Joaquim Melo

Lema: Um sistema integrado de crédito, produção, comércio, consumo e felicidade humana.

Em 1997, através de uma iniciativa da Associação dos Moradores do Conjunto Palmeira, um bairro da periferia de Fortaleza, foi criado um projeto para gerar emprego e renda para a população. Desse projeto nasceu o Banco Palmas, fundado por Joaquim Melo, que surgiu da necessidade de desenvolvimento da região, já que a grande maioria das pessoas consumia produtos das áreas centrais da cidade. Com a criação do banco e da moeda Palma, os moradores começaram a consumir produtos locais, fortalecendo o comércio e gerando empregos.

Esses são apenas alguns exemplos de sucesso de empreendedorismo social no Brasil, negócios que trouxeram um impacto positivo para a vida de muitas pessoas e servem como inspiração em todo o mundo. Essas iniciativas nos mostram que, mesmo com os desafios para se empreender em nosso país, existe muita gente disposta a superá-los e mudar realidades. E você, conhece algum empreendimento social? Conte-me a respeito nos comentários!

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