Hoje em dia, muito se fala em inteligência emocional, pois, na outra ponta dessa linha está o descontrole emocional. Nesse caso, em vez de administrar as suas emoções, as pessoas são realmente controladas por elas. Entre esses sentimentos, destaca-se a raiva no trabalho, quando, por vários motivos, o profissional “perde as estribeiras”, ficando enfurecido e com ódio de tudo e de todos.

Como reflexo dessa falta de controle, muitos colaboradores acabam agindo de forma intempestiva, sendo agressivos na empresa e, muitas vezes, até mesmo agredindo verbal e fisicamente os seus colegas de trabalho ou chefes. Isso é completamente inadmissível, pois, além de levar a atitudes negativas, a raiva incontida causa sérios danos à carreira do profissional e pode ser uma grande barreira na sua vida de modo geral.

Neste artigo, vamos compreender melhor os impactos do descontrole emocional no trabalho e conferir algumas orientações práticas para evitar que isso ocorra e para que saibamos lidar com a raiva de forma satisfatória. Continue a leitura e confira!

Quais são os impactos do descontrole emocional no trabalho?

Lidar com tantos sentimentos rebeldes, dentro e fora da empresa, pode ser um grande desafio, uma vez que esse descontrole emocional realmente causa um bagunça nas emoções das pessoas e pode levá-las a ter comportamentos sabotadores e nocivos, comprometendo a qualidade do seu trabalho.

Portanto, é essencial desenvolver a chamada inteligência emocional (saber identificar as suas emoções e as do outro e ser eficaz ao lidar com todas elas) como arma para vencer essas dificuldades em identificar e administrar as próprias emoções. Para isso, é importante que o profissional tome consciência do quanto a sua falta de controle impacta as suas relações de trabalho, o seu desempenho, a sua produtividade e o seu crescimento na carreira.

Conforme citamos, explosões emocionais no ambiente profissional podem dificultar o dia a dia de trabalho de diversas formas: atrapalhar a concentração, gerar problemas de convívio com colegas, dar respostas desrespeitosas ao chefe, ofender clientes, enfim, causar uma série de atitudes inapropriadas a qualquer meio, sobretudo o profissional. Isso pode até mesmo gerar a sua demissão.

Como descobrir se as minhas emoções estão desajustadas?

PSC

Nesse sentido, pedir feedbacks dos colegas e superiores, ou mesmo de amigos mais próximos, é uma boa forma de entender como o seu temperamento forte tem causado danos. Outro ponto chave é entender por que você sente tanta raiva no trabalho e identificar de fato as causas para que você constantemente perca a cabeça durante o seu expediente.

Para isso, reflita e responda às seguintes questões:

  • Por que você está insatisfeito com a empresae não tem coragem de sair? (sim ou não)
  • É porque acha que ninguém é tão comprometido como você, que carrega o mundo nas costas e que todos fazem tudo errado?
  • Será que é porque a empresa não reconhece sua dedicação?
  • Porque o seu salário não corresponde à realidade do mercado?
  • Porque você está infeliz na sua vida pessoal e culpa o excesso de trabalho e a falta de tempo por isso?
  • Ou, ainda, porque as condições de trabalho na sua empresa são muito ruins e há muita pressão constantemente?

Essas são perguntas que você deve fazer a si mesmo para analisar as causas dos seus rompantes. Muitas vezes, o profissional não é agressivo, mas acaba se tornando quando se vê em uma situação desconfortável ou quando está estressado demais por conta do seu excesso de demandas, cobranças e responsabilidades.

Como podemos desenvolver a inteligência emocional e lidar com a raiva?

Confira, na sequência, 3 dicas para administrar melhor as suas emoções, inclusive no ambiente de trabalho?

1. Identifique as origens do problema

Assumir o problema o quanto antes é fundamental para não deixar que esse descontrole emocional acabe afetando os seus resultados profissionais e até mesmo gerando uma demissão por justa causa. Como citamos anteriormente, identificar as causas dessa falta de controle também é essencial para saber lidar de forma eficaz com o problema. Assim, verifique quais são os momentos e as circunstâncias que mais despertam a raiva no seu ser, identificando os “gatilhos” para essas crises.

2. Faça algumas mudanças na sua forma de pensar e de agir

Se sentir que, fazendo algumas mudanças na sua rotina de trabalho e na sua organização pessoal, você já pode melhorar o seu humor, caminhe nessa direção. No seu dia a dia na empresa, isso vai se refletir em uma melhor relação com os demais e em uma maior inteligência para lidar com os acontecimentos.

Se possível, afaste-se dos gatilhos que despertam a sua raiva (determinados locais ou pessoas). Além disso, adote na sua rotina determinadas práticas que aliviam o estresse, como: atividades físicas, meditação, oração, hobbies, músicas relaxantes, e por aí vai. Além disso, procure organizar a sua rotina com uma agenda e inclua no dia momentos de pausa e descanso.

3. Procure ajuda especializada

Se o seu sentimento de raiva no trabalho é constante e está em um nível incontrolável, o melhor mesmo é procurar ajuda especializada, ou seja, de um profissional que possa auxiliá-lo a compreender as origens desses sentimentos e os seus fatores desencadeantes, para receber orientações sobre como administrar melhor as suas emoções e sobre como vencer esse problema.

Em alguns casos, não tem jeito: se você perceber que a cultura geral da organização gera estresse (baixos salários, excesso de demandas, autoritarismo, problemas de infraestrutura etc.), é melhor procurar uma oportunidade melhor!

Não tenha medo ou vergonha de buscar ajuda, pois ela é mesmo essencial para aprender a controlar melhor as suas emoções e, especialmente, para não deixar que sentimentos nocivos acabem impactando o seu sucesso na carreira. Cuide-se!

E você, ser de luz, como tem cuidado da administração das suas emoções negativas no trabalho? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!