Aqui no blog, já citamos em diversos artigos a importância da confiança no trabalho. Quando uma pessoa acredita nos seus próprios conhecimentos, habilidades e atitudes, ela se torna um profissional mais competente. Isso a leva a expressar mais as suas opiniões, a assumir atividades mais audaciosas e a crescer na carreira escolhida.

No entanto, o que não é tão abordado é que essa confiança também pode ser excessiva em alguns momentos. Mas como podemos evitar o excesso e manter essa coragem em equilíbrio? É o que você vai conferir no artigo a seguir. Continue a leitura e saiba mais!

A importância da confiança e os malefícios do seu excesso

Muitos profissionais são conhecidos pelo seu excesso de confiança no trabalho, o que, para muitos, pode denotar também mais arrogância do que uma autoestima elevada. É certo que confiar em si mesmo é essencial, entretanto, quando isso ultrapassa alguns limites, pode causar problemas entre os colegas da empresa e até mesmo com clientes, fornecedores, sócios e parceiros.

Ter confiança nas suas competências, nas suas habilidades, nas experiências e nos conhecimentos adquiridos ao longo da vida e da carreira é vital a todo profissional. Porém, quando isso se torna excessivo, e, a todo o momento, a pessoa quer se promover e se vangloriar, essa autoconfiança acaba se tornando um impedimento para que a pessoa tenha relações positivas no trabalho e consiga crescer na carreira.

Para evitar que isso aconteça, é importante ao profissional desenvolver uma autocrítica que lhe permita perceber quando a confiança em si mesmo está exagerada e que possibilite fazer ajustes que lhe tragam o equilíbrio necessário. Vale ressaltar ainda que, muitas vezes, o excesso de convicção pode esconder, na verdade, uma pessoa insegura e que veste essa máscara exatamente para não mostrar os seus medos e vulnerabilidades.

Por isso mesmo, é importante saber se realmente você tem ou não excesso de autoconfiança. O primeiro passo dado nessa direção é identificar determinados tipos de comportamentos excessivos.

Sinais de excesso de confiança no trabalho

PSC

Confira os principais indícios de que a confiança de um colaborador está em excesso na sua vida profissional.

  • Achar que sempre faz tudo melhor do que os outros;
  • Exibir uma conduta sempre arrogante e impositiva;
  • Ter dificuldade em reconhecer os seus erros, afinal, o autoconfiante nunca erra;
  • Ter dificuldade em aceitar as ideias propostas pelos outros;
  • Buscar atenção e reconhecimento constantemente;
  • Agir sempre como o “dono da verdade” e de forma inflexível;
  • Ter relutância em aceitar a opinião e o sucesso dos outros;
  • Alimentar o hábito de sempre desafiar os riscos;
  • Não ouvir o outro e causar muitos problemas ao trabalhar em equipe;
  • Demonstrar uma corporal sempre altiva e imponente;
  • Estimular uma competitividade exacerbada junto dos colegas;
  • Querer assumir projetos e atividades sem estar adequadamente preparado para elas.

Estes são alguns exemplos de comportamentos que o profissional extremamente autoconfiante acaba tendo em seu dia a dia e que acabam por comprometer suas relações de trabalho. Se não bastasse tudo isso, profissionais confiantes demais são vistos como pessoas arrogantes e difíceis de lidar, o que torna ainda mais complicada a convivência com seus colegas, que acabam sentindo-se intimidados por suas posturas e atitudes.

Meios para administrar a autoconfiança excessiva

A melhor maneira de evitar problemas relacionados à autoconfiança excessiva é buscar o que o médico indiano Deepak Chopra chama de lei do equilíbrio. Isso significa não ter nem demais e nem “de menos” confiança em si mesmo, mas sim um autorreconhecimento que permita ao profissional demonstrar os seus conhecimentos, habilidades e expertises, sem passar do ponto ou ofender ninguém.

Isso não quer dizer que você deva ser submisso ou esconder as suas competências e diferenciais, mas sim que deve ser inteligente para saber usar tudo isso no tempo e no momento certo. Em outras palavras, você não precisa ficar o tempo todo falando de si mesmo ou se vangloriando das suas conquistas.

O foco deve ser fazer um bom trabalho, ter um bom relacionamento com os seus colegas e clientes, saber trabalhar bem em equipe, ter boas ideias e tomar decisões eficazes. São essas competências, entre outras, que realmente importam no ambiente de trabalho e que fazem a diferença.

O que a empresa deve fazer

Para evitar o excesso de autoconfiança, as empresas devem investir em avaliações de desempenho e feedbacks contínuos. Isso mostra ao colaborador os aspectos em que ele realmente está tendo um bom desempenho, mas também aqueles em que ele pode melhorar.

Sem desanimar ninguém, o gestor consegue, ao dar o feedback, manter a humildade e os pés no chão de cada funcionário. Assim, ele consegue ajudá-los, oferecendo materiais de apoio, cursos, treinamentos e aconselhamento adequado para que possam continuar progredindo.

Além disso, as organizações também devem ter um estatuto interno claro e divulgá-lo com frequência aos colaboradores. Esse estatuto deve conter regras que explicam a importância do diálogo, do trabalho em equipe, dos critérios para as promoções e de evitar a competição exacerbada no ambiente profissional. Assim, ninguém poderá alegar desconhecimento das normas, e a empresa poderá punir aqueles que prejudicarem a empresa e os relacionamentos internos por um excesso de confiança.

Portanto, para saber se você está ou não passando dos limites na sua autoconfiança profissional, uma boa dica é perguntar a um colega de trabalho, que seja próximo e da sua confiança, o que ele acha dos seus comportamentos e se ele o vê ou não como um profissional que tem excesso de convicção. Esse feedback verdadeiro pode ser muito útil para que identifique quando você exagera e onde pode melhorar. Fique com essas dicas e boa sorte!

E você, querida pessoa, já lidou com algum chefe ou colega de trabalho com excesso de confiança? Como foi ou tem sido essa experiência? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!