Realidade

Subbotina Anna/Shutterstock Amar a nossa realidade é honrar e respeitar nosso tempo presente e valorizar a vida como ela é!

“Ame a realidade!”. Este é um convite que eu te faço neste exato momento e que vai ganhar cada vez mais sentido a cada linha deste texto. Quando falo em realidade, estou falando daquilo que você entende como real, tangível, concreto, palpável aquilo que vê sem nenhum filtro. Parece arriscado à primeira vista, uma vez que o ser humano está sempre em busca de subterfúgios para fugir da realidade e viver um mundo paralelo e “melhor” do que tem agora.

Pense então como seria maravilhoso se nós não precisássemos mais fugir e se pudéssemos identificar e tratar as crenças e pensamentos que nos causam dor, tristeza, angústia, solidão e sofrimento! Digo maravilhoso porque é conhecendo a raiz do problema que podemos encontrar as respostas para superar tudo àquilo que nos aflige e sermos plenos verdadeiramente.

Quando temos essa clareza, também temos a chance de vencer as crenças e comportamentos limitantes, nos empoderar e conquistar maior plenitude, autossatisfação e a paz que precisamos para ter equilíbrio em todas as instâncias de nossa vida. Vamos compreender melhor esta lógica pela ótica de Byron Kathleen Reid, ou Byron Katie, autora do livro – “Loving What Is”, na tradução – “Ame a Realidade”, e da fantástica teoria “O Trabalho”, que inspirou a adaptação deste artigo.

Aprendendo a Amar a Realidade

Como pouco mais de 30 anos, Katie se viu numa depressão profunda por mais de uma década, dos quais passou mais de dois anos acamada. Sem ver nenhum sentido em sua existência e odiando veementemente a realidade que vivia, pensava frequentemente em tirar a própria vida. Entretanto, num belo dia, ela teve uma experiência que impactou definitivamente seu modo de enxergar o mundo. Este também foi o passo inicial para sair da depressão e o divisor de águas que faltava em sua história.

Naquele momento aquela jovem mulher, mãe e esposa se deu conta de que quando ela acreditava que alguma coisa deveria ser diferente da realidade (Como, por exemplo: “Meu marido devia me amar mais”, “Meus filhos deveriam gostar mais de mim”) constantemente ela se decepcionava e sofria. Por outro lado, quando ela ignorava e não acreditava nestes tipos de pensamentos, sentia-se bem e em paz consigo mesma.

Foi exatamente neste momento, a partir deste insight poderoso, que Katie teve sua virada de chave para sair de sua condição e dar uma reviravolta em sua vida. Ao ter esta luz, ela percebeu que o que a fazia ficar triste e deprimida não era o mundo em si ou as pessoas, mas sim, sua forma de ver as coisas. Com isso, ela percebeu que poderia ser bem mais feliz e realizada se, ao invés de buscar mudar e tentar adequar o mundo ao seu contexto e necessidades, ela experimentasse vivê-lo e amá-lo tal qual como ele é.

PSC

Este foi o primeiro passo para Byron se libertar das crenças e sofrimentos que a faziam projetar uma realidade que ao contrário de felicidade só lhe causava angústia, dor e descontentamento. Em resumo, a ideia era viver as coisas como elas eram e não mais tentar que elas se encaixassem nos modelos por ela considerados ideais. Com isso, ela sentiu-se finalmente livre de tantas autoexigências e também pode libertar seus filhos e o marido das crenças que prejudicavam os seus relacionamentos.

Este insight foi tão poderoso que além de vivê-lo, Katie também quis compartilhá-lo, para que assim, mais e mais pessoas pudessem conhecer todos os seus benefícios. Para isso, desenvolveu o que chamou de método “O Trabalho”, onde demonstra como esta mudança de percepção é possível e pode ser realizada. Neste sentido, já levou sua metodologia para milhares de pessoa, em todo o mundo, por meio de seus livros e treinamentos.

Adaptado do livro “Ame a Realidade” de Byron Katie e Stephen Mitchell