As palavras têm poder. Por isso, podemos dizer que, assim como uma agressão física pode nos causar dores e danos profundos, a violência verbal também fere de diversas formas o ser humano. Ofensas são formas cruéis de diminuir e rebaixar o outro, e, por mais que a sua prática seja veementemente condenada, o fato é que essa ainda é uma forma de opressão muito utilizada na nossa sociedade e que está presente em todas as classes sociais.

Neste artigo, você vai entender o que exatamente é a violência verbal, de que maneiras ela pode ocorrer no dia a dia, quais são as suas consequências e o que pode ser feito para lidar melhor com essas situações. Continue a leitura e saiba mais sobre o tema!

O que é a violência verbal?

Diariamente, vemos casos de violência verbal em todos os lugares. No trânsito, com pessoas estressadas, gritando e falando palavrões quase todo tempo. Nas redes sociais, por meio dos haters, pessoas que espontaneamente usam a internet para atacar outras pessoas com os seus discursos de ódio, por meio do cyberbullying. Nas escolas e universidades por meio do bullying, que serve para mais uma vez reprimir e atacar crianças e jovens com apelidos negativos e ataques verbais.

Esses exemplos por si só já bastariam para ilustrar o problema. Dessa forma, podemos compreender que a violência verbal consiste em qualquer manifestação de ofensa e/ou de humilhação, por meio de palavras — tanto escritas como faladas.

É importante destacar a violência verbal cometida dentro dos lares, entre pais e filhos e casais. Embora não seja considerada uma forma de agressão, por não demonstrar sinais físicos, passar anos e anos sofrendo com ataques e ofensas, com certeza, afeta emocional e psicologicamente qualquer pessoa.

Quais são os tipos de violência verbal que existem?

Quando falamos em violência verbal, a primeira imagem que nos vem à mente é a de uma pessoa xingando a outra, ou seja, empregando palavras de baixo calão para ofendê-la, como ocorre tão frequentemente no trânsito. Contudo, esse é apenas um dos tipos de violência verbal que existem.

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Você já fez fofoca? Já criticou alguém sem o real propósito de ajudar a pessoa (crítica não construtiva)? Já colocou em alguém um apelido nada carinhoso? Já debochou ou ridicularizou alguém por determinadas características? Já deu um “tratamento de silêncio” em alguém, ignorando o indivíduo? Já elevou o tom de voz para expressar as suas ideias? Já foi irônico ou sarcástico com o intuito de ofender alguém? Então, saiba que você já cometeu violência verbal.

Todos esses atos são exemplos desse tipo de violência. São atitudes que, por meio das palavras, criam situações desagradáveis ou agravam problemas, evitando que sejam adequadamente resolvidos.

A violência verbal fere a alma

Nesse sentido, recentemente uma matéria jornalística chamou a atenção do mundo todo para o problema. O caso aconteceu nos Estados Unidos, onde uma menininha de apenas 4 anos, quando perguntada por um policial qual era seu nome, respondeu que era “idiota”. Essa era a forma como o padrasto, que também a agredia fisicamente, se referia a ela.

Um ponto que chama bastante atenção quando falamos em violência verbal é que, por não ter hematomas e ferimentos, os agredidos, na maioria dos casos, não percebem à primeira vista que estão sofrendo agressão também quando são xingados, humilhados, atacados e ofendidos moralmente.

Muitas mulheres sofrem com agressões verbais diariamente e têm que lidar com sentimentos, como a vergonha, a impotência, o medo, a baixa estima e falta de confiança que as constantes humilhações e repressões verbais acarretam à sua vida.

Quem é agredido verbalmente com frequência pode adoecer mentalmente, desenvolvendo quadros de fobias, ansiedade, depressão, entre outros transtornos. De tanto ser tratada inadequadamente, a pessoa começa a acreditar de verdade em tudo o que ouve, desencadeando todos esses problemas.

Como se defender diante desse tipo de situação?

Jamais revide uma agressão com outra agressão, pois isso cria um ciclo de ofensas sem fim, que não resolve o problema e só potencializa a troca de ataques e xingamentos, além de aumentar a raiva.

Se os insultos são cometidos no trabalho, reporte o problema ao superior ou ao departamento de Recursos Humanos. Se acontecem na escola ou na faculdade, informe o ocorrido aos seus pais (no caso das crianças e adolescentes), aos professores e à direção para que possam tomar as devidas providências.

Se as cenas de hostilidade ocorrem dentro da sua própria casa, avalie se vale a pena manter esse tipo de relacionamento nocivo. Lembre-se de que você não merece, em hipótese alguma, sofrer com humilhações e falta de respeito e que não é culpada ou culpado pela forma agressiva com que o outro age.

Ative o seu espírito de autopreservação e não deixe que esse seja o exemplo dado aos seus filhos ou que o tratem de qualquer jeito. Do mesmo modo, não aceite ataques virtuais e denuncie as pessoas que tenham feito isso com você nas suas redes sociais. É você o responsável por deixar claro que você não gostou do tratamento recebido e por impor limites. Se você não fizer isso por si mesmo, pessoas sem educação e com más intenções continuarão a agredi-lo verbalmente.

Conclusão

Para combater a violência verbal, é importante não deixar que esses agressores fiquem impunes. Também é importante que você peça ajuda, fale com alguém de confiança sobre o assunto e busque vencer as consequências negativas das agressões. Acredite em si mesmo e não deixe que ninguém ataque você. Além disso, não acredite em nada daquilo que as pessoas dizem nessa comunicação violenta.

Por fim, lembre-se de que você também deve evitar ser violento ao comunicar-se, de modo a dar o exemplo. Reveja os tipos de violência verbal citados neste artigo e monitore o seu comportamento, a fim de evitar essas atitudes violentas.

E você, querida pessoa, já foi vítima de violência verbal? Como lida com o problema? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!