Sou um leitor assíduo de Deepak Chopra, médico indiano, e Carl Gustav Jung, psiquiatra e psicoterapeuta suíço. Interessante pensar que Chopra também é um leitor de Jung. O termo sincronicidade aplicado aqui vem de Jung, mas as Sete Leis da Sincronicidade foram escritas por Deepak Chopra.

O conceito de sincronicidade pode também ser conhecido como “coincidência significativa”. Ele diz respeito a acontecimentos que se relacionam entre si não como causa e feito, mas por partilharem significados.

“A sincronicidade é definida como uma coincidência significativa entre eventos psíquicos e físicos. Um sonho de um avião despencando das alturas reflete-se na manhã seguinte numa notícia dada pelo rádio. Não existe qualquer conexão causal conhecida entre o sonho e a queda do avião…”.

“… Jung postula que tais coincidências apoiam-se em organizadores que geram, por um lado, imagens psíquicas e, por outro lado, eventos físicos. As duas coisas ocorrem aproximadamente ao mesmo tempo, e a ligação entre elas não é causal.”

Há diversos exemplos dessas coincidências significativas em nosso dia a dia. Você pode estar pensando em como gostaria de falar com alguém e no mesmo instante o telefone tocar com uma ligação desse alguém. Pode ser que você sonhe com flores no jardim e no dia seguinte recebe um ramalhete como presente. Uma situação não é a causa da outra, mas as duas estão conectadas de algum modo.

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Origem do Conceito

PSC

Em 1952, Carl Jung publicou o artigo denominado “Sincronicidade: um princípio de conexões acausais”. Nesse artigo, Jung abordava de modo mais complexo o conceito de sincronicidade, que já havia apresentado superficialmente na década de 1920.

Nesse período, Jung buscou dados que pudessem comprovar cientificamente o conceito que colocaria em xeque a causalidade como único fator a se considerar, legitimando os acontecimentos improváveis, também chamados de coincidências significativas, por meio de sua teoria.

De um modo simples, Jung acreditava que a sincronicidade poderia ser a explicação para aqueles acontecimentos para os quais não existe causa aparente. Isto é, fenômenos onde não conseguimos definir uma causa lógica.

Dei alguns exemplos na introdução deste texto, mas existem vários outros que vivemos em nosso cotidiano, muitas vezes sem que sequer consigamos perceber.

Você se lembra de alguma situação possivelmente improvável que aconteceu, um grande acaso como encontrar alguém que não via há muitos anos em uma outra cidade, sendo que havia pensado recentemente nela? Ou talvez sonhar com alguma coisa que veio a ocorrer, mesmo que de modo semelhante, no futuro?

Provavelmente, você está se lembrando agora de diversas coincidências que ocorreram em sua vida, até mesmo recentes. A essas coincidências que não conseguimos explicar de modo lógico a sua causa, Jung dá o nome de sincronicidade.

Impactos da Sincronicidade em nossa vida

Tudo isso quer dizer que devemos estar atentos a qualquer indício que possa ser relacionado à sincronicidade? É possível se precaver de sincronicidades negativas? Analisar cada um de nossos sonhos e estar pronto quando algum evento associado a ele ocorrer?

Muito pelo contrário, como já disse, esses fenômenos são comumente chamados de coincidências significativas. Sendo assim, a menos que encontremos algum modo de enxergar os fatos do futuro, não vamos conseguir datar ou prever esse tipo de acontecimento.

Seu próprio caráter, tratando-se de um fenômeno acausal, limita nossas possibilidades de encontrar respostas precisas que resolvam o motivo pelo qual situações de sincronicidade possam ocorrer. Não nos cabe esperar a todo momento que eventos como esses ocorram, e , ainda, que sejam respostas importantes que precisamos para prosseguir com a nossa vida.

Quando ocorrerem, que possamos tirar o melhor proveito, mesmo dos problemas e adversidades que possam surgir. Como já dizia o filósofo Jean Paul Sartre: “Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você.”

Essa citação nos ajuda, não somente em situações como essas, ela nos orienta a tomar partido de nossas vidas e a torná-las verdadeiramente extraordinárias.

No contexto das sincronicidades, Deepak Chopra elaborou, ainda, as 7 leis da sincronicidade, que consistem num conjunto de ideias e valores que conduzem as pessoas a uma vida de plenitude e felicidade.

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As 7 Leis da Sincronicidade

Primeira Lei

“Meu espírito é um campo de possibilidades infinitas que conecta tudo o mais. Esta frase resume a totalidade do que estou expondo. Se você esquecer tudo o mais, lembre-se apenas disso”.

A primeira lei reflete que nossos espíritos estão conectados aos demais elementos do universo, de maneiras que nem sempre conhecemos. Talvez seja por isso que nossos pensamentos tenham o poder de atrair determinados acontecimentos.

Segunda Lei

“Meu diálogo interno reflete meu poder interno. O diálogo interno das pessoas autorrealizadas pode ser descrito assim: é imune a críticas; não tem apego aos resultados; não tem interesse em obter poder sobre os outros; não tem medo. Isso porque o ponto de referência é interno, não externo”.

A segunda lei diz respeito à nossa capacidade de priorizar as nossas ideias e sentimentos, não dando tanta importância ao que os outros possam achar. O objetivo de nossas ações deve ser nossa própria felicidade, e não obter algum tipo de superioridade.

Terceira Lei

“Minhas intenções têm poder infinito de organização. Se minha intenção vem do nível do silêncio, do espírito, ela traz em si os mecanismos para se concretizar.”

A terceira lei vai ao encontro da chamada “lei da atração”, que revela basicamente que nossos pensamentos têm força para atrair aquilo que desejamos, desde que nossas escolhas estejam conectadas com nossa essência.

Quarta Lei

“Relacionamentos são a coisa mais importante na minha vida. E alimentar os relacionamentos é tudo o que importa. As relações são cármicas e quem nós amamos ou odiamos é o espelho de nós mesmos: queremos mais daquelas qualidades que vemos em quem amamos e menos daquelas que identificamos em quem odiamos.”

A quarta lei revela o aspecto naturalmente social do ser humano. Somos dependentes uns dos outros e nutrimos sentimentos positivos ou negativos em relação às pessoas.

Quinta Lei

“Eu sei como atravessar turbulências emocionais. Para chegar ao espírito é preciso ter sobriedade. Não dá para nutrir sentimentos como hostilidade, ciúme, medo, culpa, depressão. Essas são emoções tóxicas. Importante: onde há prazer, há a semente da dor, e vice-versa. O segredo é o movimento: não ficar preso na dor, nem no prazer (que então vira vício). Não se deve reprimir ou evitar a dor, mas tomar responsabilidade sobre ela.”

A quinta lei revela que a vida é feita de emoções positivas e negativas. Naturalmente, devemos procurar as emoções positivas. No entanto, os sentimentos negativos, como a dor, também existem por um motivo, que é nos fazer repensar nossas escolhas e adotar hábitos melhores. Viver constantemente na dor nos deprime, mas viver constantemente no prazer nos vicia. É preciso equilíbrio.

Sexta Lei

“Eu abraço o feminino e o masculino em mim. Esta é a dança cósmica, acontecendo no meu próprio eu. A energia masculina: poder, conquista, decisão. A energia feminina: beleza, intuição, cuidado, afeto, sabedoria. Num nível mais profundo, a energia masculina cria, destrói, renova. A energia feminina é puro silêncio, pura intenção, pura sabedoria.”

Novamente pautada no equilíbrio energético, a sexta lei nos revela que cada indivíduo possui dentro de si as energias masculinas e femininas. A energia feminina é mais intuitiva, afetiva e observadora. A energia masculina nos leva à ação e à decisão. São forças complementares.

Sétima Lei

“Estou alerta para as conspirações das improbabilidades. Tudo o que me acontece de diferente na vida é cármico. É, portanto, um sinal de que posso aprender alguma coisa com aquela experiência. Em toda adversidade há a semente da oportunidade.”

Por fim, a sétima lei nos ajuda a lançar um olhar mais positivo e otimista sobre as adversidades da vida. Quando algo negativo nos acontece, não devemos lamentar ou desanimar, mas sim entender o porquê de aquilo ter acontecido e o que essa situação está querendo nos ensinar. Das dificuldades surgem grandes aprendizados.

A mágica da vida está em deixar que a sincronicidade do universo flua por nós e nossas relações cotidianas. Para esse fim, Chopra nos dá a conhecer seu pensamento sobre as sete leis que podem nos ajudar a gerar e conhecer os eventos sincronísticos em nossas vidas.

Gostou deste artigo sobre sincronicidade? Quais coincidências deste tipo já aconteceram em sua vida? Quais das sete leis mais foram relevantes para você? Deixe suas respostas aqui nos comentários.

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