Vitaly Korovin/Shutterstock A âncora é um estímulo externo que  traz ao coachee, referências e lembranças, que podem ser tanto positivas como negativas. O Coaching apoia em sua ressignificação

Âncora é um estímulo externo que causa uma reação interna. Símbolo, imagem ou som capaz de despertar a sensação e/ou o sentimento de desencadear emoções e sensações. A mesma coisa acontece com algumas músicas, imagens, cheiros e paladares. Por exemplo, muitas vezes uma música afeta a pessoa por causa do que estava acontecendo com ela quando ouviu aquela canção pela primeira vez.

Algo importante estava acontecendo, ou aconteceu, em sua vida e coincidiu de a música tocar na festa de aniversário ou no rádio do carro em que estava. Logo, uma imagem recordada pode se tornar âncora para uma fantasia visual. Se a âncora mexe positivamente, você atrai coisas; se a âncora mexe negativamente, você repele coisas.

Quando uma pessoa tem muita insegurança e quer se tornar mais segura, ela pode fechar os olhos e visualizar alguém que lhe dê muita segurança ou pode imaginar, também, uma situação segura. A âncora, nesse caso, estará sendo induzida.

Âncora no Processo de Coaching

Em uma sessão de Coaching, o coach pode pedir para o coachee fechar os olhos e visualizar uma situação enquanto segura a mão dele. Enquanto, o coach segura à mão do coachee, ele pode dizer: “você também é capaz de desencadear essa emoção/segurança.

Se você tocar no mesmo lugar, por exemplo, da mesma forma que eu toquei, esse mecanismo vai continuar instaurado”. Ao ouvir isso, a pessoa, na maioria das vezes, aperta a própria mão. No momento em que a pessoa que está com os olhos fechados tocar a própria mão, a âncora estará sendo instaurada.

A âncora de um navio ou de um barco está anexada em algum local estável com o intuito de evitar que eles saiam correndo sozinhos. Para dar mais sentido ainda a essa comparação, o navio pode ser considerado o ponto da nossa consciência no oceano das nossas experiências.

PSC

Ou seja, as âncoras são como pontos de referência que auxiliam a pessoa a descobrir um local particular dentro de seu oceano de experiências. Essas âncoras mantém a atenção das pessoas dentro de suas próprias experiências.

O processo de estabelecer uma âncora envolve, ao mesmo tempo, a associação de duas experiências. Os modelos de condicionamento behavioristas trazem a concepção de que as associações são mais efetivamente estabelecidas com a ajuda de repetições. A repetição pode, também, ser utilizada para concretizar as âncoras – como foi mostrado no exemplo 1.

Algumas pessoas podem sentir a necessidade de usar as âncoras para fazer acessar novamente estados. Existe a possibilidade de que um professor use uma autoâncora para alcançar o estado que ele deseja estar como professor de uma turma.

Autoâncora pode ser uma imagem interna de alguma coisa que, no momento em que se pensa sobre ela, traz na mesma hora esse estado. A autoâncora se pode fazer, também, através de exemplos, como falar sobre os pais de alguém ou alguma vivência que tenha associações muito complexas.

Resumindo, âncoras aplicam o processo de informação para:

  • Obter acesso ao conhecimento cognitivo e aos estados internos.
  • Interligar experiências, ao mesmo tempo, para aumentar re­sultados, consolidar conhecimentos, transferir o aprendizado e experiências para diversos contextos.

Por que usar as âncoras?

As âncoras que são recomendações podem auxiliar a transferir aprendizados para outros contextos. A “recomendação” usada como âncora pode ser tanto verbal quanto não verbal, ou simbólica. Alguns objetos comuns e recomendações que surgem dentro de casa ou do ambiente de trabalho de uma pessoa podem se firmar como âncoras definitivas.

Quanto mais a âncora puder ser estabelecida ou esclarecida com relação a um conceito privado ou a uma tentativa de alusão, mais fortalecida essa âncora tende a se tornar. Uma pessoa pode elaborar uma âncora ao repetir algumas histórias, brincadeiras específicas, exemplos etc. Essa pessoa, ao pensar em seu grupo de amigos, quando retoma a história sobre determinada experiência que teve com eles, redescobre as mesmas sensações que teve quando todos estiveram juntos antes.

É significante que a metáfora da “âncora” seja usada na nomenclatura da Programação Neurolinguística – PNL. A âncora de um navio ou de um barco está presa, pelos participantes da tripulação, a algum ponto estável com o objetivo de prender o navio em uma área e impedir que ele saia de lá navegando sozinho.

A consequência disso é que a proposta que serve como “âncora” psicológica não é somente um impulso puramente mecânico que gera uma resposta, mas também é uma alusão que ajuda a tornar um estado estabilizado.

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