Você já se deparou com aquele profissional que tem opiniões opostas sobre um determinado assunto? Que está sempre em cima do muro e não consegue se decidir? Esse colaborador pode ser considerado ambivalente, ou seja, uma pessoa que tem dualidade de sentimentos. É aquele que vê o lado bom e ruim das coisas, enxerga os prós e contras de determinados processos e consegue ter essas duas visões ao mesmo tempo.

Pessoas com esse perfil, ou que às vezes chegam a essa situação, podem utilizar isso como um ponto extremamente positivo. Primeiramente porque esse indivíduo desenvolve uma visão sistêmica dos processos, problemas e situações postas em discussão. Em um segundo momento, ele traz visões diferentes que podem ser confrontadas e discutidas de maneira a contribuir com o processo de decisão.

A ambivalência, portanto, tem os seus prós e contras — o que já é outra ambivalência! Neste artigo, você vai compreender de que maneira essa atitude impacta a vida profissional das pessoas e o dia a dia das empresas. Siga em frente e tenha uma ótima leitura!

O lado positivo da ambivalência

Para que essa atitude transcorra de maneira positiva, é preciso que o profissional demonstre uma postura segura, ou seja, que não inicie uma fala com “não sei direito, mas eu acho que…” ou “eu não tenho uma opinião muito bem formatada sobre isso…”, o ideal é que ele explane de maneira direta os seus pontos de vista: “Eu tenho dois pontos de vista, o primeiro…”.

Quando o profissional é convidado a chegar a uma conclusão, isto é, a uma decisão relativa aos diferentes pontos de vista que expôs, a ferramenta de Coaching “Perdas e Ganhos” contribui com esse processo de conclusão de um raciocínio.

Essa ferramenta consiste em quatro perguntas simples: O que eu ganho com isso? O que eu vou perder com isso? O que eu vou ganhar se tiver (fizer) isso? O que eu vou perder se não tiver (fizer) isso? Ela pode não só envolver o “eu”, mas também a equipe, a empresa, exemplo: “o que a empresa ganha com isso?” ou “o que nossa equipe ganha com isso?”.

PSC

Essas questões devem ser feitas internamente, em um processo de reflexão, que facilitará o momento de decisão, pois todas as questões acerca do resultado serão apresentadas. Se desejar, coloque essas informações em um papel, facilitando a visualização dos argumentos.

A ambivalência e a liderança

Os líderes devem identificar profissionais com essas características e os desenvolverem em prol da equipe, estimulando-os a aprimorarem as suas ideias, pontuar argumentos e conduzi-los para que consigam atingir um posicionamento quando necessário.

O líder tem como função criar um ambiente saudável, estimulando a discussão e a troca de ideias e de conhecimentos entre os colaboradores. Além disso, ele é o responsável por trabalhar o potencial de cada colaborador de maneira individual, respeitando cada pessoa como um ser único.

O líder deve estar munido de ferramentas e técnicas que o possibilitem identificar as características e perfis dos seus colaboradores. Para isso, uma boa dica é: invista na Liderança com Coaching!

5 dicas para lidar com a ambivalência no ambiente profissional

Pessoas ambivalentes conseguem enxergar diferentes pontos de vista e desenvolver diferentes sentimentos ao mesmo tempo. Isso é bom, pois permite que as pessoas tenham uma visão mais completa e equilibrada dos fatos. Por outro lado, pode desencadear conflitos internos decorrentes de indecisão. A seguir, você vai conferir 5 dicas para lidar com essa questão.

1. Administre as suas emoções

Qualquer pessoa já passou por algum momento de amar e odiar uma pessoa simultaneamente, ou de gostar de um emprego, mas detestar certas partes dele. Isso é natural, pois o ser humano é complexo, e as coisas não são tão claras no mundo das emoções. A dica, no entanto, é conhecer essas emoções e administrar a sua intensidade.

Por exemplo: será que vale a pena abandonar um emprego, sendo que há apenas algumas coisinhas que o deixam insatisfeito com relação a ele? É importante observar as emoções, verificar se elas são proporcionais aos fatos e identificar os aprendizados que podem ser extraídos antes que você tome qualquer decisão.

2. Analise os fatos com calma

As pessoas ambivalentes conseguem rapidamente ter várias percepções, muitas vezes opostas, sobre um mesmo fato. Como esse raciocínio é complexo, não é prudente chegar a conclusões de forma rápida e superficial. É importante que você analise os fatos em todas as dimensões que conseguir.

Tente trazer a racionalidade para a sua mente, considerando também as emoções, mas sem que você seja controlado por elas. Considere os prós e contras de cada um dos seus pontos de vista. Quanto mais você mergulhar na questão, mais você conseguirá enriquecer a sua análise.

3. Converse com pessoas em quem você confia

No ambiente de trabalho, a ambivalência pode gerar indecisão e insegurança, justamente porque nem sempre fica claro o que devemos fazer ou como devemos agir. Mesmo estudando muito a situação, esse sentimento de insegurança pode persistir.

Nesse caso, não se desespere. Procure conversar com pessoas da sua confiança, especialmente aquelas que tenham mais conhecimento no assunto em questão. Exponha os seus pontos de vista para elas e pergunte o que elas acham. Aproveite as trocas de conhecimento que a vida profissional proporciona!

4. Desenvolva a sua capacidade de tomar decisões

É importante administrar as emoções, analisar os fatos e conversar com as pessoas mais experientes. No entanto, no dia a dia de trabalho, as suas tarefas são de responsabilidade sua. Isso quer dizer que fatalmente haverá decisões que só você poderá tomar, especialmente se você ocupar um cargo de liderança.

Sendo assim, coloque no papel todas as suas ideias e faça listas de prós e contras de tudo aquilo que você analisou. Nem sempre é fácil, mas você deve definir algum critério de desempate para tomar a sua decisão. Seja analítico e determinado. Contra fatos não há argumentos, portanto, coloque tudo no papel e decida.

5. Se sentir necessidade, peça ajuda

Lidar com a ambivalência pode ser uma dificuldade, seja na vida pessoal, seja no trabalho. Um ou outro momento de indecisão pode ser natural. Contudo, fique atento: se qualquer escolha cotidiana que precisa ser feita provoca em você angústia e insegurança, talvez seja importante procurar ajuda especializada.

Psicólogos e coaches contam com técnicas e ferramentas que permitem que você apure as origens do seu pensamento ambivalente, mas também que o ajudam a tomar decisões. Converse com esses profissionais e permita-se passar por transformações importantes para lidar melhor com essa característica do seu ser.

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