Angrkrit/Shutterstock A Lei do Amor, segundo as Leis Espirituais dos Super- Heróis, transcende o amor físico e vai além!

Amor, também conhecido como compaixão, é fruto de uma noção universal e da compreensão empírica de que todo sofrimento está ligado. Os super-heróis não são vítimas da falsa crença na existência de um eu distinto. Praticando a compaixão os super-heróis assumem o sofrimento dos outros, o compreendem e aceitam e então buscam soluções criativas para conquistá-lo por meio da alegria e da equanimidade.

Não pense que a Lei do Amor diz respeito aos casos amorosos dos super-heróis – que em alguns casos são bem numerosos. A nossa cultura está condicionada a pensar no amor, em primeiro caso, como o amor romântico, aquele amor entre homem e mulher estereotipado pelos contos de fada.

A Lei do Amor relacionada aqui é o amor em sua instância maior. Amor à criação, ao mundo, às coisas que nos cercam; às pessoas e suas formas de vida, à vida de cada um e seus significados, a riqueza dos bons sentimentos e a compreensão para os maus. É desse amor que falamos.

O Amor que Move os Super – Heróis

O amor dos super-heróis vem de uma experiência profunda de ligação com o universo. O sentimento de pertencimento é tamanho que eles se veem impelidos a melhorá-lo. Olham pra ele e se perguntam: como posso fazer a diferença na vida das pessoas e mudar as coisas aqui?

Isso ocorre porque olham para o mundo e veem a si mesmos, refletidos nesse mundo. Essa experiência suscita um amor tamanho por tudo e por todos que se torna o motor da sua missão de vida.

Nesse ponto, os super-heróis e os grandes mestres da história talvez tenham sua maior ligação. Os grandes heróis são como Jesus, Buda, Maomé, que apenas se doavam ao mundo e os outros. Vivem apenas por amar a criação tentando entende-la e, por conseguinte, fazendo com que os outros a entendam.

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Nesse sentido Chopra nos chama a atenção para o caso de Buda. Em sânscrito Buda significa “o iluminado”. Iluminado justamente porque alcançou a iluminação divina para a compreensão profunda do universo e de seus mistérios.

Mas há um estágio superior à iluminação – que para nós já parece ser um estado quase inalcançável. Esse estágio é chamado de “bodhisattvas”. Esse estágio diz respeito ao alcance do total autoconhecimento e autoconsciência e a prática da partilha dessa máxima sabedoria alcançada.

Maior que ser iluminado é buscar a iluminação do mundo, pois isso reflete amor. Talvez por isso a palavra bodhisattvas possa ser traduzida como “o que tem mente heroica” ou “super-herói”.

O Exemplo de Amor do Surfista Prateado e a Iluminação de Buda

Tanto os super-heróis como os grandes mestres espirituais experimentam o amor como maior mistério da nossa existência. A experiência do amor como forma de doação. Esse é o exemplo do Surfista Prateado, conhecido personagem nas histórias do Quarteto Fantástico.

Esse personagem primeiro se deu como escravo de um vilão que se autodenominava Galactus por amor ao seu planeta. Em seguida, depois de criar laços afetivos com a Terra, enfrenta seu algoz para que esse planeta não fosse destruído. É esse amor gratuito que emana sem razões aparentes que se torna um fortíssimo elemento espiritual.

Chopra nos apresenta cinco estágios em que vivenciamos o amor: 1) Atração e Repulsão; 2) Segunda Atenção; 3) Comunhão; 4) Intimidade; 5) transcendência. O primeiro estágio diz respeito a como somos atraídos ou não pelas pessoas. Está ligado a como observamos, nos outros, características que nos atraem ou nos repelem.

Já a segunda atenção é uma atenção mais cuidadosa, quando prestamos atenção aos detalhes, às camadas e descobrirmos coisas que não estão tão evidentes. Ela é bastante observável quando algo em alguém nos repele no primeiro estágio, mas com um olhar mais cuidadoso passamos a investir em determinadas relações. Ou nos aprofundarmos em relações que já se estabeleceram.

A segunda atenção nos conduz ao estágio de comunhão, que diz respeito a uma afetividade madura, fortificada, interessante para ambas as partes. Uma comunhão que produz frutos e felicidade. Passamos a tratar os outros e mesmo os ambientes como reflexos de nós. Os respeitamos e cuidamos de seu bem-estar.

Passamos a perder nossa própria importância reconhecendo a importância dos demais, dos ambientes, da natureza, do universo. Esse é o estágio de intimidade. Intimidade conosco, com os demais e com o planeta e sua consciência.

O estágio último é raro e próprio dos iluminados, é o estágio em que transcendemos essa consciência individual e penetramos na consciência universal, experimentando uma felicidade física, extrassensorial, mítica. É o estágio que não apenas vivenciamos, mas nos tornamos parte do amor cósmico.

Essa trilha é absolutamente possível de ser feita. É preciso, contudo, nos conectar amorosa e verdadeiramente a tudo a nossa volta. Abrir mão de controlar as pessoas acreditando que elas estão fazendo o melhor que podem de acordo com seu nível de consciência. Estar atento a cuidar de você mesmo, dos demais e do planeta cultivando o sentimento de unicidade divina.

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